quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

TLC Sant'Ana completa 25 anos na paróquia


Na noite do dia 13/12/2008. O TLC da Paróquia de Sant'Ana, realizou um grande jantar em comemoração pelos seus 25 anos de fundação.
Estiveram presentes o Pe. Gustavo, Fabricio Neri,Vitor (seminaristas)e muitas pessoas que fizeram parte do movimento desde a fundação em 1983.
Djanira, Carlos Eduardo, Leila, Cristina, Filomena, Zezinho..e muitos outros que uniram-se em alegrüia nesse dia para prestigiar o Evento.
A emoção ficou por conta do Momento onde Leila, uma das corrdenadoras recebeu uma placa comemorativa pelos 25 anos de amor e dedicação ao Movimento.
Vanuza, fez um breve resumo sobre a história e caminhada do TLC no Brasil e na Paróquia.
A animação ficou por conta da banda composta por ilustres TLCistas como: Elcio, Anne, Nefton e Thalita.
Muitos outros TLCistas, marcaram presença como os de:São Benedito (Sta. Cruz), Paciência e Bom Pastor (Cpo. Grande.) Parabéns ao Tlc Sant'Ana e muita ALEGRÜIA E SEMPRE MAIS ALTO NOS PRÓXIMOS "25 ANOS"!!!
Uma noite para guardar no coração!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Olá, TLCistas!!!

Amigos, este é o nosso novo espaço da família TLC, o Blog é um espaço democrático, onde você poderá postar informações importantes para o grupo.
Então, aproveite com sabedoria, este espaço que é de todos!
O TLC de Sant'Ana completou em 2005, 20 anos de uma caminhada, rumo ao Cristo!
Venha você também, fazer parte desta escalada conosco!
Você é o nosso convidado especial, um lugar já foi reservado para você, não deixe seu lugar vago!
Att.: Coordenação TLC Sant'Ana

TLC's Rio de Janeiro

O Crescimento midiático da Canção Nova


O dia nem bem amanheceu na cidade de Cachoeira Paulista, a 230 quilômetros da capital de São Paulo, mas na sede da Rede Canção Nova, emissora católica, a luta diária já começou há muito tempo. Afinal, é preciso produzir e manter no ar a extensa programação, que inclui missas, musicais, entrevistas, orações, debates, atualidades, comportamento, atrações para a juventude e muito mais, quase tudo feito ao vivo e com bastante simplicidade. A direção e apresentação das produções ficam a cargo de alguns dos 500 membros da comunidade que lá vivem. São comerciantes,donas de casa, estudantes e ex-trabalhadores da iniciativa privada, devidamente auxiliados por outros 600 profissionais de mídia. Une-os a fé e a vontade de fazer algo, do seu modo, pelo que entendem ser o reino de Deus.
Tudo é carregado de muito fervor espiritual, animação e ímpeto de evangelização. A força de comunicação da Canção Nova, e sua preocupação em transmitir conteúdos religiosos afinados com os tempos de hoje, sinaliza uma tendência. De uns dez anos para cá, iniciativas do gênero têm se multiplicado. Os católicos estão se despertando para o poder da mídia como instrumento de evangelização e propaganda religiosa institucional, coisa que até bem pouco tempo atrás era exclusividade de grupos evangélicos. Foi neste período que surgiu o maior ícone católico brasileiro, o padre-cantor Marcelo Rossi, um superstar de batina que vem reunindo milhões de fãs e seguidores.
Não há dúvida de que esta guinada tem motivações sociais e espirituais. Mas é ingênuo acreditar que seja só isso. Há uma ação em curso para recuperar o terreno perdido. Ainda hegemônica no panorama religioso da sociedade brasileira, a Igreja Católica vem se ressentindo de uma contínua debandada de fiéis. Os números são insuspeitos – de acordo com os recenseamentos do Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatística, o IBGE, entre 1991 e 2000, a parcela de adeptos da Igreja Romana passou de 83% para 73% da população. No mesmo período, o número de protestantes quase dobrou, passando de 8% para 16% da população. Estudos não-oficiais apontam a possibilidade de que, já na metade do século 21, os dois contingentes religiosos se equivalham. Maior país católico do mundo, o Brasil ocupa, ultimamente, lugar de destaque entre as preocupações do Vaticano – até porque o avanço dos grupos pentecostais, sintomaticamente chamados de “seitas” pela Santa Sé, se verifica, principalmente, entre ex-fiéis católicos, muitos deles desapontados com a sua fé.
Se a base mais visível da reação católica é o avanço sobre a mídia – que pode ser sentido, também, pela criação, em 1991, da Rede Vida, a maior emissora católica do país, além de outras centenas de produtoras e canais de rádio e TV –, há também pilares mais profundos. A nova cara do catolicismo vem no bojo da Renovação Carismática Católica (RCC), movimento surgido há 40 anos e que mudou a face da fé romana no Brasil onde, estima-se, o movimento tenha 8 milhões de adeptos. Pregando uma fé mais viva, forte participação leiga a necessidade de experiências espirituais típicas do pentecostalismo, a Renovação deu uma cara evangélica a uma Igreja até então marcada pela sisudez.
A RCC trouxe para dentro do catolicismo um novo tipo de fervor, com experiências sensoriais e compromisso com a fé. É essa plataforma que permite à Igreja Católica competir com outras religiões pelos fiéis, equiparando-a ao fenômeno protestante – Interessada em reverter o quadro de declínio. A Canção Nova é um deles. A organização é um fenômeno da comunicação de massa. Fundada há 30 anos pelo padre Jonas Abib, um dos precursores da RCC, ela possui 27 rádios AM e FM, quatro geradoras e 354 retransmissoras de televisão que atingem grande parte do território nacional, além de outros países da América Latina, Europa e Estados Unidos. Há ainda jornais, revistas, gravadora, editora e um portal de internet. Tudo é mantido pela contribuição dos associados, católicos que ofertam em média R$ 15 a cada mês. Atualmente, a comunidade conta com mais de 600 mil associados. Mas a Canção Nova vai bem além disso. A entidade é multifacetada e dá forte ênfase à espiritualidade dos seus integrantes e visitantes. O número de peregrinos na sede da comunidade deixa isso bem claro. Em retiros ou feriados religiosos, as áreas livres da chácara chegam a abrigar até 50 mil pessoas acampadas. O fluxo de visitantes tem crescido tanto que, no começo do ano passado, a Canção Nova inaugurou um novo espaço coberto para celebrar suas atividades. É o Rincão do Senhor, como está sendo chamado, e que mais parece um enorme ginásio esportivo. Ali, festas e missas poderão receber até 100 mil freqüentadores. A obra foi levantada com doações e venda de livros, CDs e camisetas e consumiu R$ 15 milhões – se parecendo em muitos aspectos com obras faraônicas de igrejas meo-pentecostal.
Um dos programas de maior sucesso da rede é o PHN – Por hoje não vou pecar, atração dirigida aos jovens com o objetivo de mostrar que a Palavra de Deus oferece coisas muito melhores do que drogas, bebidas e sexo fora do casamento. “O programa se transformou em um grande movimento, baseado em uma pedagogia simples que ajuda o jovem a enfrentar e vencer as tentações”, conta Francisco José dos Santos, o Dunga, que apresenta o programa e lidera o movimento. Casado, 40 anos, Dunga é uma celebridade católica. Cantor, locutor e apresentador, seus cinco CDs já venderam mais de um milhão de cópias. Pessoas de todos os cantos do país, principalmente teens da RCC vestindo camisetas com o símbolo do PHN, esperam em filas para falar com ele. Com tamanho sucesso, Dunga costuma receber sedutoras propostas de outras redes de TV e das grandes gravadoras. Entretanto, até hoje recusou todas. “Sou um missionário, chamado por Deus para pregar o Evangelho e não fazer sucesso”, justifica. Movidos pela pregação e carisma do padre Jonas e seus colaboradores, a cada ano, cerca de 500 voluntários tentam trocar a vida secular por uma vaga na comunidade. Se aceitos, serão membros da “comunidade de vida” e terão de deixar casa, profissão e emprego para se dedicar integralmente à Canção Nova. Existe um complexo processo de seleção e treinamento que pode durar até três anos. Desempregados ou pessoas que tenham sofrido decepções amorosas são normalmente descartadas. A filosofia da comunidade é se dedicar a uma nova vida e trabalhar para ganhar almas, e não fugir de algum problema.
É esse o espírito que motivou a brasiliense Mosângela Amorim, de 23 anos, a deixar a família para ingressar na entidade. “Quando conheci a Canção Nova, a identificação com os ideais do padre Jonas foi imediata. Pensei: é isso que eu sempre desejei”, recorda ela, que se diz convertida desde os 13 anos. Gerente de Comunicação do grupo, Mosângela divide um apartamento com outras garotas, solteiras como ela. A moça tem uma rotina que inclui, além do trabalho, estudo da Bíblia, meditação e orações. Duas vezes por semana, ainda participa com os demais membros do um jejum e mensalmente de um retiro espiritual. “É maravilhoso servir ao Senhor. Ao vir para cá dedicamos nossas vidas a ele”, revela Mosângela. Apesar do voto de castidade, ela pode, se quiser, casar-se – contudo, terá que ser com outro membro da comunidade e mediante aprovação do Conselho, formado pelos membros mais antigos.
A mesma experiência vive a missionária Patrícia Mendes, formada em comunicação, nascida em Lorena interior de São Paulo atua na rádio Canção Nova, no sucursal do Rio de Janeiro, onde comandava pela Rádio catedral, maior veículo católico da cidade, o programa: O terço da Divina Misericórdia, que segundo ela tem ajudado pessoas a orarem umas pelas outras. Proporcionando a vivência de uma fé orante, analisa.

“A Igreja católica reconhece que o crescimento da mídia protestante está relacionado diretamente com a redução do número de fiéis católicos. Autoridades eclesiásticas sugerem e fomentam o crescimento midiático católico, muito embora o conflito religioso-ideológico não preocupe as lideranças”.
Autor do livro Do santo ofício à libertação (Edições Paulinas), Ismar diz que, em alguns casos, a mídia católica imita o que fazem os evangélicos: “É o caso dos shows-missa do padre Marcelo. É assim que ela tem aumentado a audiência e o número de fiéis nos templos”. Todavia, o estudioso faz uma ressalva: “Sua grande desvantagem em relação aos pentecostais é que isso não representa a conversão de não-católicos ao catolicismo. Ou seja, falha no proselitismo”.
Leandro Mendes